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domingo, 16 de junho de 2013

Dois dedos de Prosa sobre o Movimento Passe livre e o Transporte Público de São Paulo




Tenho acompanhado as recentes manifestações desse movimento popular que luta em prol da qualidade do transporte público e seu livre acesso. Neste ponto concordo apenas em parte. Entendo que é legítimo por parte da população exigir uma tarifa justa pelo serviço de transporte prestado. Só não posso concordar que tal tarifa deva ser banida e as catracas liberadas.
O Passe livre é algo utópico. Não há como deixar de cobrar tarifas pelo serviço de transporte público e na verdade, a questão não é se a passagem de ônibus custa R$ 3.00 ou R$ 3.20, mas sim o retorno desse bilhete que, deixa muito a desejar.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, cada ônibus que roda na cidade tem um gasto de R$ 32mil/mês. Não vou questionar esse valor pois não tenho parâmetros para contestar o que alega a Prefeitura e, assim sendo, toma-los-ei por verdadeiros. Pois muito bem. Se há um gasto de R$ 32mil por mês e o valor recebido dos passageiros é insuficiente para custear as despesas operacionais, aumentar o preço da passagem é uma decisão paliativa. O que precisa ser feito é um estudo profundo sobre os custos operacionais e um plano de redução e otimização de material e mão de obra e com um pouquinho de bom senso e boa vontade, a administração pública  pode muito bem criar mecanismos que possibilitem não apenas a manutenção dos preços das passagem da capital, mas também deixar uma margem para eventual redução ou a manter os R$ 3,00 por mais alguns anos.
Os ônibus da capital rodam com diesel ou gás natural. Tais veículos por exercerem serviço essencial para a população. Nesse caso poderia-se criar um dispositivo legal, via Governo Federal que isentaria a cobrança de todos os encargos e impostos incidentes sobre o preço do diesel, gás natural e óleo que esses veículos utilizam, quiçá reduzir ou até mesmo zerar o ICMS dos insumos que os ônibus utilizam. Dá pra fazer, só é necessário um pouco de boa vontade.

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